quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Será que ela acha?
Acho dificil...
Nem sei se ela pensa
A única certeza
É que a coisa ficou tensa
A luz sem clareza
O poço sem fundo
E por minha sorte
Odeio a tristeza
Peço muita alegria
A esses dias incertos
Pois no meu mundo de concreto
De verdade e ilusão
Angústia, amor... paixão
Não vivo pra mim
Nem pelos outros
Eu vivo por todos
Em todos...
Cada um na sua peculiaridade
Tanto faz sua idade
Vou te descobrir
Tentar te esculpirar
Me moldar de outro jeito
Talvez um melhor
Não vou destruir
Nenhumas das coisas
Que a vida insistentemente me fez sentir
Perceber os motivos
E que nem sempre se acha
Algum deles vivo
Atrás disso passo o tempo
Mantendo outros passa tempos
Me ponho na curva do vento
E sei que te tento
A descobrir o por que ele sopra
Tão perto e distante
De mentira, e tão real..
A distância faz mal
Pois o calor é bom
Mais encurto o caminho
Pra te conquistar
Ouvir o seu som
Seu cheiro e seu dom
De ser maravilhosa
Sem fazer muito esforço
Pra eu saber que você gosta
De olhar esses olhos
E saber que os meus
Olhares todos
Sâo totalmente
Seus.

Luizp.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Marechal - É a guerra neguinho

Eu vejo a multidão de cego só crescendo olho na terra
Querem as jóias da coroa, forças, fronteiras se alteram
Geral quer ser rei, mais piram pro tempo que não espera
Impérios caem com novos reis, o tempo passa, sede, guerra
Rua sangra , tensão triplica , eu vi camisa com desenho do mundo escrito : isso aqui é de quem se antecipa.
Eu incorporo o Sun-Tzu bolação vietnamita , Osama Bin que dinamita os bucha que desacredita
Gritaria, choradeira, tiro, geral desespero
Se entregaram, desistiram, meus irmão escreveram
Na calada, somos ratos, a arte é o eco dos bueiros
Geração nos ouviram e os que não podiam ter rádio, leram
Os que não sabem olharam e viram, distinguiram o coração
Mensagem clara de que a tropa precisa da informação
Precisa tá em formação , mas precisa pra que no fim
Posso provar que as bala vindo não estão tão perdidas assim
É a guerra, neguinho! Onde correr não tem
Fumaçou, ouço chamar meu nome e não vejo ninguém
Porque vários sumiram, as famílias tão sem notícia
Mancha vermelha nas de cem e envelope na mão do polícia

Eu sou um deserto, honro meu DNA sobrevivente
Ainda carrego no ombro a alma dos que não tão mais com a gente
Os meus estão obstinados pra formar a linha de frente
Foda-se campo minado, porque nós caminhamos com a mente
Temo as plantas do campo, dos climas das matas, dos cantos dos pântanos, instinto primata
Eu ataco nos flancos, nos antraz da carta e os inimigos eu empilho em montanha igual os 300 de esparta.
No mundo inteiro, sangue segue a correnteza
As hienas tão rindo e rondam na espreita pra sobremesa
Eu conheço o mal do homem, jamais subestima a surpresa
No acampamento eu sou um dos últimos ainda tá com a luz acessa
Isso representa a eternidade, e meus amigos mais sinceros que foram pela verdade
Pela clareza da saudade, eu peço a Deus mais luz.. tá noite, mas eu sei que ainda não é tarde
Três rebite pra me manter de pé com a cabeça erguida
Sem piscar tipo 300 café , catuaba quita
Meu sorriso de demônio , mais whisky nas ferida
Eu sou a guerra e entendo a porra da vitória mais que a vida
Por que a dor é minha amiga, o ódio em meu ombro diz:
Encosta aqui vem princesa que hoje eu te faço feliz
Em dobro o que o inimigo quer, sem arrependimento
Quer me matar? Eu faço tu sentir isso por dentro
Cada vez que eu rimo ponho a minha alma em todas partes da letra
Como se escrevesse nos teus cornos com a ponta da baioneta

segunda-feira, 9 de março de 2009

Sou o role, o asfalto, o sol
Sou a viela, o cachorro
Já era o amor, comédia se for...
Para o aço que vem rasgando, a dor
Sou o senhor, meu pastor é a flor
Para quem está caido, elevador
Sou o cabo de aço, o espaço, um laço
Um abraço
Prudência ou aparência, um trago
Para o hacker alucinado, computador
Para o crente desgovernado, um pastor
Sou a fé, atitude, o amor.. o terror!
Pra jogar uma sinuca no bar, jogador
Sou o conhaque, a pinga, um baque
Sou a culpa que enforca, a foça
É a donzela, é a fera, pro mal uma faca
Para o cara que pensa pouco, sou a desgraça
Sou o lixo, sou aquilo, a droga, o crack
Um perigo, um artigo
Um feixe, um lacre
Sou um padre, a crisma
A viga, o Doutor
Pro doente quando agoniza, anador
Sou a cara, o som, a cura, o dom
Sou o espirito, o instante, a vida, o sangue
Lírico, fasciculo, o olhar é um instante
Um semblante
Sou a rua, a vitrini
Criatura ou filme?
Pra quem não define, criatura da vida que tive
Esmagando a mosca da sopa, que incomoda
Pra lutar contra o preconceito
Pra ensinar a usar o respeito, professor
Sou um plano, o complo, um ator
Sou a festa, o ciume
A cabeça, o costume
A merda, o perfume
O tempo, o silêncio, sou a grade
O momento, quem sabe
Sou o teto, a laje
Sou a cor, a vantagem
Sou o segredo, sou o certo
Sou um medo, ou um prego
Espelho, reflexo
Cheiro, complexo
Pra ficar igual quem nunca mude
Um que chute
Pra ser humilde e nunca rude
Escute, não mude.
Sou o estilo, o jeito
Sou o compromisso perfeito
Sou o livro companheiro
Pra desejar o fim do sofrimento, desespero
É escuro o tormento, é escuro o veneno
Sou o impulso, minuto, respeito
Ponto, as fases
Pra que tudo funcione redondo, amizades
Não é grupo, é a cena, é o ano
Sou o culto, esquema, cotidiano
Sou a vez, sou o mês, sou a glória do chinês
Sou a tora
Sou o juiz, o final, a força, sou a voz.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Diferença

Bom dia, sou a indiferênça.
Você pode achar estranho, mais estarei do seu lado em cada momento triste ou de alegria que você tiver na vida.
Posso te dar motivos pra rir, por ser algo indiferente. Ou pra chorar, por que às vezes não me importo.
Uns dizem que não faço bem. Outos me acham intenso o bastante pra não querer me largar.
Tem os que se desesperam e os que erram.
Sinceramente insisto em não me importar.
A decisão só me vale do que cabe a mim, de resto, eu não me interesso em dar palpites.
Normalmente ajudo. Uma palavra, uma atitude.
Só não me importo.
Não sou neutro, em cima do muro. Tão pouco um cara frio.
Sou a diferença da sombra e da luz.
Os neutros se escondem e, eu, não ligo se minha luz pode cegar.
Sou a diferença da indiferença.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Eu precisava tanto disso
Meia hora sozinho
Sem abraço, sem amigo
Refletir nas minhas linhas
Fazem sem ninguém, sem querer
Pra olho algum ver
Saborear esse mar de onda intensa
Respirar o ar poluído da cidade
Já não é ao vento
A parede é densa
Os carros passam
A noite começa
A cabeça pensa.